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Arquitetos: MOMENTUM Architects
- Área: 1740 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Shengliang Su

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em Hangzhou, China, a Escola Qingshan foi construída no terreno de uma antiga escola primária abandonada. Como os edifícios originais estavam gravemente deteriorados e já não atendiam às necessidades espaciais, eles foram demolidos. Respeitando a escala do local, os arquitetos da MOMENTUM desenvolveram uma reconstrução completa, devolvendo à comunidade uma escola funcional e acolhedora. O projeto teve como objetivo criar um ambiente centrado no aluno, capaz de reconectar a aprendizagem à vida rural, ao mesmo tempo em que preserva a memória cultural da região.



O novo campus é concebido como uma "vila de aprendizado." Em vez de confinar a educação a salas de aula fechadas, o projeto organiza múltiplas unidades programáticas em torno de pátios abertos, conectados por corredores trançados de bambu. A aprendizagem acontece não apenas dentro de casa, mas também em campos, sob árvores e ao longo do riacho. Essa estratégia espacial dissolve a fronteira entre escola e paisagem, incentivando a curiosidade, a colaboração e a aprendizagem autodirigida.


Internamente, salas de aula modulares e layouts flexíveis apoiam diversas pedagogias—discussões em grupo, reflexão individual e experimentação prática. Corredores semiabertos, escadas e plataformas são projetados como extensões informais da sala de aula, permitindo que a educação ocorra em todo o local. Desde seu início, o projeto foi moldado em estreita colaboração com educadores, garantindo que o design espacial se alinhasse com o desenvolvimento cognitivo das crianças.


No momento, a Escola Qingshan ainda não foi incorporada ao sistema escolar estatal. Em vez disso, opera como uma plataforma educacional compartilhada para programas de estudo rural, acampamentos de verão e oficinas comunitárias. Esse uso mais informal revelou-se uma força: pais, moradores e educadores participam junto às crianças, transformando a escola em um centro cívico que promove a conexão entre gerações e a troca cultural.



Materialmente, o projeto abraça a localidade e a participação. Paredes de terra foram elaboradas a partir do solo da vila usando técnicas tradicionais de reboco, enquanto estruturas de bambu e detalhes em madeira foram construídos com a ajuda de artesãos locais e jovens voluntários. A construção, portanto, tornou-se não apenas um ato físico, mas também um processo de transmissão cultural e engajamento comunitário.


A Escola Qingshan ainda não é uma escola "formal", mas representa um protótipo para o futuro da educação rural. Ao enraizar os espaços de aprendizagem na terra, na comunidade e no ofício local, o projeto redefine o papel da arquitetura como mais do que um abrigo físico: torna-se um experimento social e uma plataforma cultural. Esperamos que, com o tempo, a Escola Qingshan seja reconhecida dentro do sistema educacional. Mesmo agora, porém, ela já demonstra como a arquitetura pode inspirar a aprendizagem, fortalecer os laços comunitários e reimaginar as possibilidades da educação na China rural.






































